Chapada dos Veadeiros - GO (dia 5)

Dois Córregos

Alto Paraíso de Goiás, 1º de abril de 2017

Hoje a vibe do dia está sensacional. Não choveu e já são 18h! O dia foi de céu meio nublado às vezes com com sol! Fui cedo com a Fernanda na feirinha do produtor rural que acontece todo sábado, comprei uma tornozeleira de faixa e uma coxinha de jaca deliciosa! Mal trabalhamos hoje. A Ilma até me cumprimentou com um abraço de manhã. É até engraçado, pois eu tenho a impressão clara de que já a conheço... Ela me disse que faz dois anos que não tira férias! Fiquei com muito dó. E não tenho mais mágoas dela pois imagino o quão de saco cheio ela deve estar daqui e da dona deste lugar...

Depois da feira, fui com a Nanda, o Luciano, o filho da Ilma e um amigo dele até um lugar aqui perto chamado Dois Córregos, um rio. Passamos por uma usina antes. A trilha até lá era uma graça, aberta e embaixo de sol mesmo. Mas foi ótimo poder sentí-lo, poder andar, ouvir o barulho do rio, ver as águas passando pelas pedras, mergulhar e nadar um pouco no rio, deixar a correnteza levar até a parte com areia mesmo sem conseguir ver, confiar... Gosto bastante da Nanda e do Luciano. Peguei duas pedrinhas na beira do rio e depois fiquei uma meia horinha em silêncio. Quando voltamos, almoçamos o macarrão com abobrinha ao molho branco do Felipe, bom demais!

Hoje estou muito feliz. Falei ontem no grupo de WhatsApp das minhas amigas sobre minha situação aqui e cada uma tinha uma opinião sobre como eu deveria agir. Fiquei feliz por já estar decidida e estou em paz com minhas decisões, sei que vai ser pro melhor. Amanhã eu quero ir na Loquinhas e durante a semana na Cristais, pra poder ir na Almécegas I e II domingo que vem, ou na Anjos e Arcanjos... Me sinto muito melhor hoje, de verdade. Estou feliz.

Agora já são quase 00h. Fui assistir um filme na Mostra de Cinema de Alto Paraíso na Casa da Cultura. Foram dois, um independete sobre a jornada de uma mulher brasileira (do Ceará) pelo caminho de Santiago, na Espanha (ela estava lá para palestrar sobre sua experiência também!) e outro do Pedro Almodovar, chamado “Julieta”. Este último era muito triste mas muito interessante e bonito também, gostei bastante. E foi tudo de graça, o que me deixou feliz demais. Além disso, a Casa de Cultura estava com uma exposição linda de um pintor que eu não lembro o nome agora. Os quadros retratavam mulheres nuas na natureza (em lagos, rios, mar, praia...), que eu amo! Sinto muita vontade de pintar e fotografar esse tema também.

Quando estava voltando pro albergue de noite pela rua, senti uma vibe muito gostosa e esse lugar aqui me remete de alguma forma a Búzios, só que ainda menor e com rios e cachoeiras em vez de praia. Eu gosto demais desse climinha daqui. Quando cheguei no albergue, tinha jantar pronto e pessoas novas. Estou feliz e grata, de verdade mesmo.

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