Olá, novamente. Aqui é Nina falando.

​

Sejam bem-vindos à biblioteca de nossa casa. 

​

Eu amo ler. Sempre amei muito. Desde pequena fui incentivada por minha mãe a ler livros infantis em voz alta na cozinha, a escrever o máximo que conseguia e sabia, e a me dedicar muito à compreensão literária do mundo (agradeço muito a ela, inclusive) – meu avô teve um papel fundamental nesta parte também, pois era um senhor que, após possuir uma livraria em Niterói, passou a vender livros de porta em porta.

​

Minha adolescência foi um tanto quanto solitária; tive muitos problemas relacionados à minha própria personalidade e sobre quem eu era e gostaria de ser. Esse momento foi rodeado de histórias; personagens que eram diferentes de mim, viviam em épocas e universos divergentes aos meus e que demonstravam ser uma oportunidade de fuga eterna da realidade – claro que depois de alguns anos, descobrimos que isto não é possível ou sequer saudável, e passei logo a mudar a forma de lidar com livros.

​

Quis, então, ser escritora e acho que essa vontade ainda corre em minhas veias – apesar de, atualmente, ser paleontóloga! Uso, mais uma vez, a escrita como forma de fuga da realidade ou simplesmente uma tentativa de tocar as pessoas, o que explica o fato de que minha autora favorita sempre usa seus livros para fazer os leitores pensarem ativa e diretamente sobre eles mesmos na tentativa de mudar um pouco a mente e os sentimentos alheios (obrigada Lionel Shriver).

​

Espero que se sintam livres o suficiente para debater comigo os livros lidos – afinal de contas, depois de anos e anos solitária, depois que o não é melhor sozinha.

​

Aguardo vocês aqui.