Encontro com as águas

Hoje, dia 28 de março, faz exatamente 1 ano que embarquei em um avião sozinha pela primeira vez. Com um mochilão emprestado nas costas e muita coragem, eu estava sendo guiada pela minha intuição. Meses antes, eu tinha tido um sonho com a Chapada dos Veadeiros (exatamente com esse lugar aí da foto acima) tão mágico e vívido que eu percebi que era para lá que eu deveria ir.

Eu quis fazer esse post para tirar um tempo e refletir sobre o quanto eu cresci nesses 365 dias. Acho que esses momentos de autoanálise são extremamente importantes. Olhando para trás, vejo alguns dos momentos mais altos e alguns dos mais baixos da minha vida. É como se a jornada ficasse cada vez mais intensa com o passar dos anos e isso me deixa bastante empolgada! E essa viagem abriu minha consciência pra um assunto que não era bem visto por mim mesma há anos: a solitude.

Quando você tem crenças negativas acerca da solidão e precisa viajar sozinha e se virar durante um mês, obviamente alguma mudança vai ocorrer dentro de você. No meu caso, foi uma mudança muito necessária que me fez perceber, que ao contrário do que eu achava, passar tempo sozinha de verdade era muito bom. E não é que eu não tenha encontrado e conversado com pessoas queridas, isso aconteceu bastante. Mas o encontro mais importante foi comigo mesma, em um mergulho profundo pra dentro da minha alma.

Desde então, manisfestei bastante dor na minha vida, para finalmente poder curar feridas antigas que permaneciam abertas. Agora elas estão cicatrizando. Mas também manifestei muita coisa linda, momentos cheios de alegria e a sensação de estar completa em mim. Inclusive, esse se tornou meu lema de vida, acessar essa sensação na maioria dos momentos da minha vida. Também me conectei profundamente com a energia da água doce e aprendi a retirar muita força desses momentos sagrados.

Porque sim, pra mim, estar perto da Natureza representa mais do que apenas momentos agradáveis de lazer e descanso. Para mim, essa conexão me aproxima do divino da Terra e do divino que há em mim. E foi essa linda viagem que me fez compreender tudo isso com bastante clareza no ano passado. Por tudo isso, sou imensamente grata.

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