
LIVRE
Alice aqui.
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O quarto Livre é extremamente importante para mim. É aqui onde contarei um pouco mais sobre as minhas viagens. Eu adoro viajar, especialmente para lugares com muita natureza, onde eu posso me aventurar e me conectar com a minha essência. Uma vez, na minha primeira experiência com a medicina ancestral da ayahuasca em junho de 2016 (pra quem não sabe, trata-se de um chá feito da mistura de duas plantas e que te ajuda a mergulhar no seu mundo interno), eu tive a clara sensação de que eu era uma fada que reinava em uma floresta. Eu era um ser daquele lugar. E na verdade, a floresta era apenas uma representação da vida. Todos nós somos seres da Natureza. Então, sempre que eu estou em alguma trilha, montanha, mata e especialmente em lugares onde há água por perto, eu me sinto extremamente em paz. Por isso gosto de ir para lugares assim.
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Livre porque por muitos anos eu fui minha própria carcereira em uma linda e alta torre, onde eu passava a maioria dos meus dias em vez de sair e simplesmente fazer o que eu queria fazer. Eu usava algemas em meus pulsos, de medos e crenças limitantes. E achava que era mais seguro ficar naquele meu pequeno local, sem conhecer direito o mundo lá fora. Com os anos, eu fui me permitindo acessar a sensação de liberdade, a medida que eu visitava lindos lugares, mas sempre havia algo que não parecia certo. No fundo, eu ainda me sentia presa, pesada, incapaz de voar.
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Em 2017 eu finalmente compreendi o significado de sentir-me livre. Primeiro, eu fiz uma viagem de um mês sozinha para a Chapada dos Veadeiros, em Goiás entre março e abril. Quando voltei, tive que lidar com questões emocionais muito profundas. Uma viagem inesperada pras minhas sombras... Em outubro, me graduei e aí sim, um peso imenso saiu das minhas costas. E pra comemorar, tava disposta a viajar por quase três meses de mochilão. No entanto, algumas coisas não saíram como eu havia planejado, é claro, rs. Eu fui em novembro pro Espírito Santo, mas tive que voltar pro Rio de Janeiro (onde moro) bem antes do que queria. Alguns dias depois voltei pro ES e no primeiro dia de dezembro eu estava na Bahia, especialmente para rever minha família no sul do estado. No meio do mês voltei de novo pro Rio para passar o Natal em casa, e no dia 25 peguei um ônibus pra capital baiana, embarcando com o coração na mão em uma grande e linda aventura.
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Essa última viagem foi com duas das minhas amigas mais queridas, fomos pra Praia de Pratigi, pra um festival chamado Universo Paralello e depois encontramos dois amiges, alugamos um carro e fomos pra Chapada Diamantina. Nessa segunda viagem pra Bahia, todos os dias eu me sentia livre. Agora eu tô de volta no Rio, e vou contar algumas das coisas que eu vivi e aprendi com essas viagens pelo Brasil. E claro, falarei sobre todas as viagens que eu fizer daqui pra frente! Deus e a Deusa permitam que sejam muitas!
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P.S: É importante mencionar que eu não sou financeiramente rica, bem longe disso, então não viajava com hotel, mordomias e blábláblá. A parada era passagem de avião comprada na promoção com meses de antecedência, ID jovem pras passagens de ônibus, camping, casa de familiares e Couchsurfing! Mas em breve você saberá dos detalhes. Obrigada por ler!