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Chapada dos Veadeiros - GO (dia 3)

  • Foto do escritor: Nina & Alice
    Nina & Alice
  • 4 de mar. de 2018
  • 3 min de leitura


Alto Paraíso de Goiás, 30 de março de 2017


Mano, que desespero do caralho que eu tô sentindo. Tô agoniada e até meio desesperada. A energia do albergue onde estou e vou trocar serviço por hospedagem não é boa (apesar da energia da cidade ser). Ontem eu fui recebida com uma patada por uma das administradoras daqui, foi ruim demais. Ela me deu um banho de água fria me falando que a minha estadia aqui não estava garantida. Ela foi grossa, foi terrível, me senti uma intrusa. Ninguém sabia que eu estava chegando (apesar de eu ter combinado isso há meses por e-mail com uma pessoa que foi embora anteontem e não avisou para ninguém que eu vinha)...


Pensei na hora em ir pra Vila de São Jorge para acampar. Mas para isso eu precisaria de barraca e saco de dormir, que não trouxe porque achei que teria uma cama garantida... Fiquei digerindo essa ideia. Ao mesmo tempo, a outra administradora tinha me recebido bem minutos antes e me garantido que eu ficaria aqui até o dia 24. Honestamente, ontem foi surreal, por isso eu nem escrevi, tava desequilibrada demais. Engoli dois sapos imensos, choveu o dia inteiro... Graças a Deus tinha a Fernanda aqui, outra voluntária, que me consolou e disse pra eu não me precipitar e não levar as coisas que a Dora (primeira administradora) falou pro lado pessoal, porque ela não é desse jeito, é uma pessoa boa. Que ela deva ter se estressado pela falta de comunicação interna e descontou em mim. Conversamos sobre várias coisas e rimos bastante juntas, me sentia muito melhor no fim do dia. E hoje a Dora me falou uma parada que me impressionou, porque foi certeiro. Ela disse que aqui na Chapada as pessoas tinham que fincar e se firmar porque é muito fácil de se deixar levar pelas energias daqui. Ela disse que tem a ver com os cristais do subsolo. E eu realmente sinto as coisas muito frouxas aqui, especialmente neste albergue, sinto tudo desconexo.


Neste momento, a parte da frente do albergue (que é onde a gente dorme) tá vazia porque a Fernanda saiu e há uma meia hora faltou luz! Durou alguns minutos e parece que foi na rua toda, mas fiquei sozinha no escuro nesse lugar imenso por alguns instantes... Fiquei apavorada demais.


Eu sinto (e muita coisa me diz) que devo ir para São Jorge. Falei com a Dora hoje que ficaria aqui até o dia 10/04, quando ela sai de férias. Ela disse que tudo bem. Amanhã falarei com a Leia (outra administradora). O plano agora é ir para São Jorge dia 11 (que vi que é Lua Cheia, “lua de São Jorge, cheia, branca, inteira”) e procurar camping na hora mesmo, pechinchando e batendo perna de boa, se for preciso. Sei que tenho que ir. Duas semanas em High Paradise e duas semanas em São Jorge me parece bem equilibrado. Além disso, está chovendo e eu preciso de um lugar seco, por isso não posso partir agora. Também porque não teria dinheiro suficiente e meu objetivo neste lugar não seria cumprido. Aqui tem jardim com frutas e PANCs, voluntários legais com quem posso cozinhar, tem as duas cachoeiras que dá para ir a pé quando fizer sol... Vai ser bom.


A parada é fincar as raízes em mim. Me defender, me amar e cuidar de mim. Está tudo quase 100%. Assim que eu me resolver com a Leia, o nó desata. Na verdade, o nós desata agora para eu poder falar com a Leia. Está tudo bem. E vai ficar tudo bem.


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